Autonomia de carro elétrico: dicas e modelos para maximizar a distância percorrida
Uma das principais preocupações dos motoristas é a autonomia do carro elétrico. Ou seja, quanto o veículo consegue percorrer até que a bateria esteja completamente descarregada, ou então, qual a distância que o veículo percorre até precisar fazer uma nova recarga. O mercado automotivo está em plena ascensão com as novas tecnologias e um dos segmentos que mais vem tendo destaque ultimamente é o de carros elétricos, que está se tornando mais presente nas cidades e no dia a dia das pessoas. Para te ajudar a entender mais sobre autonomia e fazer a melhor escolha, o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), coordenado pelo Inmetro, tornou-se uma referência ao fornecer informações sobre a eficiência energética, consumo, emissão de gases e, agora, a autonomia dos carros elétricos. Com a nova Tabela 2024, os consumidores poderão encontrar dados adicionais sobre o alcance em quilômetros de cada veículo elétrico, permitindo uma compreensão mais clara e precisa do desempenho desses veículos no uso diário. Neste texto, vamos explicar o conceito da autonomia de um carro elétrico, além de explorar os diferentes fatores que influenciam a distância que o veículo pode percorrer e como você pode estender seu alcance para extrair mais quilometragem da bateria. Então, se você pretende ter um carro elétrico, é importante conhecer a autonomia para que você escolha um modelo que se adapte às suas necessidades e assim aproveite o máximo que ele tem a oferecer. Acompanhe! Quais são os principais tipos de veículos elétricos? Os veículos elétricos estão ganhando popularidade, e eles podem ser divididos em diferentes categorias, dependendo da forma como utilizam a eletricidade como fonte de energia. Aqui estão os principais tipos: Veículos Elétricos a Bateria (BEV – Battery Electric Vehicle): Esses carros são 100% elétricos e não possuem motor de combustão interna. Eles dependem exclusivamente de baterias que alimentam o motor elétrico. A energia armazenada na bateria é recarregada através de estações de recarga. Alguns modelos são o Tesla Model 3, Nissan Leaf, Chevrolet Bolt. Veículos Híbridos Plug-in (PHEV – Plug-in Hybrid Electric Vehicle): Esses veículos combinam um motor a combustão interna (gasolina ou diesel) com um motor elétrico e uma bateria recarregável. Eles podem ser carregados externamente e rodam em modo elétrico por curtas distâncias, trocando para o motor de combustão quando a bateria está baixa. Alguns exemplos são o Toyota RAV4 Plug-in, Volvo XC60 Plug-in Hybrid. Veículos Híbridos (HEV – Hybrid Electric Vehicle) Esses carros têm tanto um motor de combustão quanto um motor elétrico, mas a bateria é carregada pela regeneração de energia (como ao frear) e pelo motor a combustão, não sendo possível carregá-los externamente. O motor elétrico atua como suporte ao motor a combustão alguns modelos são o Toyota Corolla Hybrid, Honda Insight. Veículos Elétricos de Célula de Combustível (FCEV – Fuel Cell Electric Vehicle) Esses veículos geram eletricidade para o motor elétrico por meio de uma reação química entre hidrogênio e oxigênio em uma célula de combustível. Eles produzem eletricidade internamente e emitem apenas vapor de água. Alguns exemplos são o Toyota Mirai, Hyundai Nexo. Saiba mais: Carros Híbrido Plug-In: conheça os modelos, vantagens, desvantagens e comparações. Até onde um carro elétrico pode ir com uma carga? Hoje em dia, é comum encontrar veículos elétricos capazes de percorrer distâncias superiores a 300 km com uma única carga, e alguns modelos oferecem autonomia de mais de 500 km. Um dos principais determinantes da autonomia é o tamanho da bateria, geralmente medido em quilowatt-hora (kWh). Em linhas gerais, quanto maior a capacidade da bateria em kWh, maior será a distância que o veículo poderá percorrer antes de precisar de uma nova recarga. Outro fator que influencia a autonomia de um veículo elétrico é a eficiência, no caso medida em kWh/100. Ao longo dos anos, houve um notável avanço na tecnologia das baterias dos carros elétricos. O que antes era considerado uma boa autonomia de cerca de 150 km em meados de 2009 e 2010, atualmente é superado por muitos modelos. Qual a diferença entre os ciclos WLTP, NEDC, EPA e PBEV? Para compreender a autonomia dos carros elétricos e compará-la adequadamente, é essencial entender os diferentes padrões de teste utilizados pelas montadoras e também como ocorre o processo no Brasil. Atualmente, os principais ciclos de testes são o NEDC, o WLTP e o EPA, além do PBEV (testagem realizada pelo Inmetro). Confira mais informações sobre cada um dos ciclos a seguir: NEDC – New European Driving Cycle O NEDC é o ciclo mais antigo e tem sua origem na Europa, criado em 1980 e atualizado pela última vez em 1997. Os resultados do NEDC são obtidos a partir de testes realizados em laboratório, simulando uma distância de 11 km e um tempo de direção de 20 minutos. O ciclo é dividido em duas fases, com 66% de condução urbana e 34% de condução em estrada. No entanto, esse modelo não utiliza cenários realistas, como ruas e estradas, o que levava a uma estimativa de autonomia muito maior do que o alcance real dos veículos elétricos. WLTP – Worldwide Harmonised Light Vehicle Test Procedure O WLTP foi criado em 2017 para substituir o NEDC e corrigir suas limitações. Esse método não apenas considera os dados obtidos em laboratórios, mas também leva os veículos para as ruas e estradas, proporcionando uma avaliação mais realista do desempenho dos carros no mundo real. O teste do WLTP é mais dinâmico, durando 30 minutos e percorrendo uma distância dobrada em comparação com o NEDC. O percurso é dividido em quatro partes, com diferentes velocidades médias (baixa, média, alta e extra alta) e é composto por 52% de condução urbana e 48% de condução rodoviária. O WLTP também considera diversos recursos do veículo e a combinação de pneus e rodas, já que esses fatores podem influenciar o consumo e a autonomia. EPA – Environmental Protection Agency A EPA dos Estados Unidos determina a autonomia dos carros elétricos por meio de uma série de testes em um dinamômetro, que simula as condições de direção do mundo real. O