Nos últimos anos, os carros elétricos têm se tornado cada vez mais populares como uma alternativa mais limpa e sustentável aos carros a combustão.
Contudo, ainda existem muitas dúvidas sobre os impactos ambientais dessa nova tecnologia, especialmente quando se trata da produção e descarte das baterias.
Neste texto, vamos discutir se os carros elétricos poluem ou não o meio ambiente e como podemos minimizar esses impactos para torná-los uma opção ainda mais sustentável.
Continue a leitura para saber tudo sobre o assunto!
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ToggleQual o impacto ambiental dos carros elétricos?
Os carros elétricos são uma opção cada vez mais popular para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no setor de transportes.
No entanto, uma questão que frequentemente surge é: qual o verdadeiro impacto ambiental dessa nova tecnologia?
A indústria de carros elétricos têm impacto no meio ambiente em três momentos: durante a produção, operação e após o descarte.
Entenda cada uma dessas etapas a seguir:
Durante a produção
De acordo com um estudo realizado pelo Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT), a produção de carros elétricos pode gerar emissões significativas de gases de efeito estufa, especialmente devido à extração de materiais como o lítio, usados para a fabricação de baterias.
A produção de baterias acaba sendo intensiva em questões de energia: da mineração ao processamento, transporte e fabricação, a jornada da matéria-prima ao produto finalizado é longa e árdua. Por causa disso, os elétricos usam mais energia e emitem mais CO2 durante sua fabricação do que os carros a combustão.
Ainda assim, a produção de carros elétricos está se tornando cada vez mais sustentável. Como toda nova tecnologia, pesquisas vêm sendo realizadas com o intuito de encontrar alternativas que diminuam os impactos ambientais e o custo de produção.
Além disso, a possibilidade de reciclagem dos materiais que compõem a bateria reduzirão a necessidade de extração de novos minerais.
Durante a operação
Outro momento importante para entender como os carros elétricos impactam no meio ambiente é durante a operação do veículo, ou seja, quando ele está rodando nas ruas e estradas.
Ainda no mesmo estudo realizado pelo ICCT, examinaram o ciclo de vida de diversos tipos de veículos, incluindo carros elétricos e convencionais, e constataram que os carros elétricos emitem menos da metade dos gases de efeito estufa durante toda a vida útil do veículo em comparação com carros a gasolina ou diesel.
Isto é, depois de sua produção, o veículo elétrico, diferente dos carros tradicionais, não emite nenhum gás poluente na atmosfera.
Outro estudo, agora publicado pela Nature e resumido pela Transport & Environment, descobriu que, mesmo quando a eletricidade usada para recarregar um carro elétrico é gerada a partir de fontes “sujas” ou de combustíveis fósseis, o carro elétrico ainda emite menos gases de efeito estufa do que um carro a gasolina ou diesel.
Embora a produção de carros elétricos possa ter um impacto ambiental considerável, as vantagens ambientais ao longo da vida útil do veículo são muito maiores. Afinal, o tempo de produção de um veículo é bem diferente do tempo que ele roda nas ruas e estradas.
Após a produção, os carros elétricos rapidamente “quitam” sua dívida de carbono em comparação com carros convencionais equivalentes. Leva cerca de um a dois anos dirigindo um carro elétrico para atingir a paridade com o diesel e a gasolina (após aproximadamente 23.000 km).
Para carros elétricos produzidos utilizando energia limpa e funcionando com eletricidade limpa, a paridade de carbono aconteceria em menos de um ano de direção (cerca de 13.000 km).
Bateria de carros elétricos
A produção e reciclagem de baterias de carros elétricos são tópicos importantes quando se trata da questão ambiental dessa categoria.
Veja a seguir como ela influencia os principais impactos das baterias de carros elétricos no meio ambiente:
Produção
A produção de baterias de carros elétricos é um processo complexo e que pode ter um impacto ambiental significativo, pois requer grandes quantidades de água, energia e materiais, como cobalto, lítio e níquel, que muitas vezes são extraídos de minas em países como Chile, Austrália e República Democrática do Congo.
Os recursos exigidos para a produção podem gerar emissões de gases de efeito estufa, especialmente se a eletricidade usada para produzir as baterias for gerada a partir de fontes de energia fóssil, como carvão mineral, petróleo ou gás natural.
Algumas das principais estratégias são a melhoria da eficiência da produção, que ajuda a reduzir o consumo de materiais e energia, e a busca por alternativas mais sustentáveis aos materiais utilizados, por exemplo a substituição do cobalto por níquel e alumínio.
Outras alternativas incluem baterias de estado sólido e baterias de sódio, que são mais baratas e ambientalmente sustentáveis do que as baterias de íons de lítio.
De todas as formas, qualquer tipo de extração de recursos é prejudicial ao planeta. Isso porque a remoção dessas matérias-primas pode resultar em degradação do solo, escassez de água, perda de biodiversidade, danos às funções do ecossistema e aumento do aquecimento global.
Reciclagem
A reciclagem de baterias de carros elétricos é um processo complexo que envolve a separação dos materiais usados, como lítio, cobalto, níquel e manganês.
O reaproveitamento desses materiais reduz a demanda por novos recursos naturais e o impacto ambiental da mineração.
Por exemplo, as baterias contêm materiais perigosos e prejudiciais para o meio ambiente e para a saúde humana, se não manuseados corretamente. Além do mais, os processos de reciclagem existentes são muito caros e inacessíveis, o que significa que muitas baterias irão para aterros sanitários em vez de serem reaproveitadas.
Mas ainda assim, a indústria segue trabalhando para melhorar a reciclagem de baterias de carros elétricos, com o objetivo de aumentar a eficiência do processo e reduzir os impactos ambientais e de saúde.
Algumas abordagens promissoras são a recuperação de materiais valiosos, como lítio, cobalto e níquel, que podem ser reutilizados em novas baterias ou em outras aplicações, além da reciclagem hidrometalúrgica, que envolve a dissolução dos metais em ácido para separá-los dos outros materiais que compõem a bateria.
Nesse contexto, o processo hidrometalúrgico se mostra o método mais eficiente quando comparado aos meios tradicionais de reciclagem mecânica, ou seja, trata-se de uma metodologia que pode recuperar uma quantidade maior de materiais valiosos e reaproveitáveis.
Além disso, quando a bateria de um elétrico chega ao fim da sua “primeira vida”, existem outras opções para a sua “segunda”, como é o caso do reaproveitamento.
Baterias que foram retiradas de veículos, devido ao desgaste ou à perda da capacidade de armazenamento de energia podem ser utilizadas como sistemas de backup em residências, edifícios comerciais e até mesmo em redes elétricas.
Carros Elétricos x Carros a Combustão
Carros elétricos e carros a combustão, embora parecidos no design, são muito diferentes em termos de como são projetados, como funcionam e como afetam o meio ambiente. Entenda mais sobre o assunto a seguir:
Diferença entre os veículos
Uma das principais diferenças entre os carros elétricos e os movidos à combustão é a fonte de energia utilizada para fazer o veículo se locomover.
Enquanto os carros a combustão são alimentados por motores a combustão interna que queimam combustível, os carros elétricos utilizam energia armazenada em baterias de alta capacidade.
Isso acaba gerando uma diferença significativa no desempenho, pois a energia na bateria proporciona um torque mais alto e instantâneo, podendo acelerar mais rapidamente do que os carros a combustão. Eles também são muito mais silenciosos, pois não há motor “roncando” sob o capô.
Os elétricos possuem menos peças móveis que os carros convencionais, o que significa que há menos fatores sujeitos a falhas, levando a custos de manutenção menores e prolongando a vida útil do veículo.
Além disso, os carros elétricos não emitem gases de escape, o que os torna muito mais limpos do que os carros a combustão. Eles também são mais eficientes em termos de uso de energia, pois os motores elétricos convertem mais energia em movimento. Enquanto os veículos a combustão aproveitam somente cerca de 30% do combustível, os elétricos transformam cerca de 90% da energia em movimento.
Embora seja mais comum encontrar postos de gasolina do que estações de recarga, o número de pontos de carregamento vêm aumentando cada vez mais. Além disso, instalar um ponto de recarga é relativamente mais simples, menos burocrático e dispensa a necessidade de grandes obras de infraestrutura para receber reservatórios subterrâneos de combustível.
Impacto ambiental entre elétricos e a combustão
O impacto ambiental dos carros elétricos é significativamente menor do que o dos carros a combustão, pois como vimos, durante a sua operação eles não emitem gases de escape poluentes na atmosfera.
As emissões de gases de efeito estufa, nesse caso, estão associadas à fabricação e reciclagem das baterias, além da fonte de geração de eletricidade necessária para carregá-las.
Mesmo assim, os estudos concluíram que levando em consideração essas emissões de ciclo de vida, os carros elétricos ainda emitem menos gases de efeito estufa do que os carros a combustão.
Em média, os carros elétricos emitem cerca de 50% menos gases de efeito estufa do que os carros a gasolina durante toda a sua vida útil.
Além disso, o impacto ambiental da fabricação desses veículos está diminuindo à medida que as baterias ficam mais eficientes e facilmente recicláveis. Em paralelo, a produção de eletricidade a partir de fontes renováveis, como energia eólica e solar, está crescendo.
Carros a combustão, por outro lado, continuamente emitem gases de escape que contêm uma série de poluentes, incluindo dióxido de carbono, óxidos de nitrogênio e outras partículas nocivas.
Esses poluentes são associados a uma variedade de problemas de saúde, como doenças respiratórias, cardiovasculares e câncer.
Os carros a combustão são responsáveis por uma grande parte das emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo, contribuindo para a mudança climática e seus impactos negativos na saúde humana e no meio ambiente.
Nesse contexto, segundo a EPA (Agência de Proteção Ambiental, do inglês Environmental Protection Agency), um veículo típico de passeio emite cerca de 4,6 toneladas métricas de CO2 por ano. Para compensar todo esse gás emitido, seriam necessários uma quantidade entre 140 e 210 árvores.
Como minimizar os impactos?
Embora os carros elétricos sejam considerados uma opção mais limpa do que os carros a gasolina em termos de emissões de gases de efeito estufa, eles ainda possuem pontos de melhoria no processo de produção.
Para minimizar esses impactos, é importante garantir que as baterias sejam produzidas de forma responsável e sustentável, utilizando materiais reciclados e de fontes confiáveis, sempre que possível.
Por mais que a indústria trabalhe para melhorar a eficiência da produção de baterias e reduzir a quantidade de resíduos gerados durante o processo, no final de suas vidas úteis é importante garantir a reciclagem responsável para reaproveitamento ou recondicionamento das peças.
Isso ajuda a minimizar a demanda por novos recursos naturais e reduz o impacto ambiental da mineração, além de recuperar materiais valiosos, como lítio, cobalto, manganês e níquel, que podem ser reutilizados em novas baterias ou em outras aplicações.
Por fim, outra maneira de minimizar o impacto ambiental dos carros elétricos é garantir que as baterias sejam usadas o máximo de tempo possível.
O uso eficiente pode ser alcançado por meio de práticas de manutenção adequadas, como evitar carregar a bateria além do necessário e não expô-la a condições extremas de temperatura que possam reduzir sua a vida útil.
Como a Tupinambá tem ajudado na redução do impacto ambiental?
A Tupinambá é uma Greentech, startup com iniciativas de preservação ambiental, com a missão oferecer a melhor experiência de recarga para usuários de carros elétricos, ajudando a construir um futuro com menos emissões de gases de efeito estufa.
Temos como responsabilidade mostrar que a mobilidade elétrica é para todos e para isso investimos no desenvolvimento do melhor software de gestão (CPO) e no melhor app para usuários de veículos elétricos (EMSP). Dessa forma, acreditamos que podemos incentivar o uso da mobilidade elétrica e a transição energética para uma matriz mais limpa e sustentável.
Desde o início da empresa, as recargas realizadas em estações gerenciadas pela Tupinambá atingiram a marca de mais de 350 MWh em energia, ou seja, essa foi a quantidade de energia utilizada para carregar a bateria de veículos elétricos, o que daria para percorrer quase 3 milhões km de distância, dar 70 voltas em torno da Terra e ir para a Lua 7 vezes.
No entanto, mais importante que distâncias percorridas, esses veículos deixaram de emitir cerca de 422 toneladas de gases de efeito estufa, um volume que caso fosse lançado na atmosfera, seria necessário aproximadamente 20.000 árvores para capturar todo esse gás – um exemplo de impacto real na preservação do meio ambiente e no combate às mudanças climáticas.
Conclusão
Os veículos elétricos e suas baterias são um passo crucial para um futuro mais sustentável no transporte, pois oferecem uma alternativa mais limpa e ecológica aos carros tradicionais com motor de combustão. A operação em resulta em significativamente menos emissões de gases de efeito estufa.
Embora os atuais processos de produção de baterias ainda não sejam tão sustentáveis quanto gostaríamos, ao longo da vida útil, a operação mais limpa compensa o impacto ambiental inicial e após cerca de 2 anos o elétrico “quita” toda a sua emissão na produção. É essencial que a indústria continue trabalhando para tornar a produção de baterias mais sustentável e fazer a transição para fontes de energia limpas.
Nesse sentido, a Tupinambá Energia surge com soluções confiáveis e comprometidas com a sustentabilidade, oferecendo serviços de carregamento para veículos elétricos e construindo um futuro mais limpo e sustentável para o planeta, promovendo uma mobilidade urbana eficiente e responsável.