As motos elétricas têm conquistado cada vez mais espaço nas ruas do Brasil, impulsionadas pela busca por alternativas mais sustentáveis e econômicas de transporte.
Com a crescente oferta de modelos e marcas, muitas pessoas têm se interessado em adquirir uma moto elétrica, mas ainda têm diversas dúvidas sobre o seu funcionamento, autonomia, regulamentação e outros aspectos importantes.
Por esse motivo, este texto tem como objetivo reunir todas as informações relevantes sobre motos elétricas no Brasil, desde os modelos mais populares até as regras de trânsito e as soluções de mobilidade elétrica disponíveis atualmente.
Aqui, você vai encontrar uma análise detalhada dos benefícios e desafios de possuir uma moto elétrica no país, bem como informações importantes sobre autonomia, como carregar e se é necessário algum documento para pilotar motos elétricas.
Se você está considerando comprar uma moto elétrica ou simplesmente quer se informar sobre essa tecnologia em ascensão, continue lendo e descubra tudo o que você precisa saber sobre motos elétricas no Brasil.
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ToggleO que são as motos elétricas?
As motos elétricas consistem em um mecanismo semelhante às motos movidas a gasolina. Mas, há uma grande diferença. Em vez de queimar gasolina, o motor de uma moto elétrica usa eletricidade como combustível e o transforma em movimento. A eletricidade é fornecida por baterias recarregáveis.
Ou seja, as motos elétricas diferem das motos convencionais por utilizar um motor elétrico em vez de um motor a combustão, além de possuir baterias em vez de tanques de combustível. Elas podem ser encontradas tanto em modelos de motocicletas quanto em scooters.
As scooters, também conhecidas como lambretas, possuem uma barra ou plataforma para os pés onde se senta como em uma cadeira, com as pernas juntas. Seus motores geralmente ficam acoplados na roda traseira e as baterias são localizadas na plataforma, dispensando o uso de corrente para tração na roda traseira.
Já nas motocicletas elétricas, o piloto fica com as pernas em volta, como em uma bicicleta, e o motor se localiza na parte inferior do quadro, com transmissão por corrente. Porém, nem todas as motos possuem o motor na parte inferior do quadro, em muitos modelos o motor é acoplado na própria roda.
Para evitar que a moto elétrica fique muito pesada, a maioria dos modelos à venda são mais compactos e, mesmo as mais potentes, podem ter um alcance limitado.
Um dos itens mais importante de uma moto elétrica é a bateria. As motos em si não precisam de grandes motores, mas sim de muito espaço para as baterias. Geralmente utiliza-se apenas uma bateria na moto, mas alguns modelos podem carregar até duas baterias
Quanto custa uma moto elétrica?
Com o crescente interesse da população por veículos mais econômicos e sustentáveis, é inegável que as motos elétricas têm ganhado cada vez mais espaço no mercado brasileiro.
No entanto, é comum que muitas pessoas se questionem sobre o preço desse tipo de veículo e, por isso, busquem informações sobre os valores praticados no mercado.
Em média, é possível encontrar motos elétricas com preços em torno de 20 mil reais, variando desde a opção mais acessível por R$12.990 até as mais caras, que podem chegar a R$45.990.
Essa grande variação de preço pode estar relacionada a diversos fatores, como a marca, o modelo, a capacidade da bateria, o tipo de motor e os recursos tecnológicos disponíveis.
É importante lembrar que, apesar do valor inicial de aquisição ser mais elevado em comparação às motos convencionais, a economia gerada no consumo de combustível e manutenção pode tornar a moto elétrica uma opção mais vantajosa a longo prazo.
Além disso, há diversas soluções de financiamento disponíveis no mercado, o que torna a compra de uma moto elétrica mais acessível para a maioria das pessoas.
Qual é a moto elétrica mais barata?
Se você está em busca de uma moto elétrica acessível e econômica, a Shineray SE3 é uma excelente opção disponível no mercado brasileiro.
Fabricada pela renomada empresa chinesa Shineray, este modelo não é apenas o mais barato do Brasil, mas também um dos mais acessíveis da marca.
Com um preço a partir de R$12.990, é uma moto elétrica bastante acessível em relação a outros modelos disponíveis no mercado.
Possui um design atraente e cativante, que é um dos seus principais pontos positivos. Além disso, conta com um sistema de freios a disco que garante uma excelente eficiência de frenagem e segurança ao pilotar.
O propulsor elétrico tem uma potência de 2.000W, o que permite que a moto alcance uma velocidade máxima de 50 km/h.
Outro destaque é a sua suspensão dianteira do tipo garfo telescópico, proporcionando uma condução suave e confortável, mesmo em terrenos irregulares.
Já a suspensão traseira é convencional, equipada com dois amortecedores que garantem um excelente desempenho em curvas e manobras.
Além da Shineray, outras marcas que estão ganhando nome e espaço no mercado são: Voltz, Elektra, LL Motors, Aima e Super Soco.
Qual a autonomia de uma moto elétrica?
Em média, uma moto elétrica pode percorrer entre 50 a 150 km com uma carga completa da bateria, mas como mencionado anteriormente, a autonomia pode variar de acordo com diversos fatores, incluindo a capacidade da bateria, o peso da moto, o estilo de pilotagem, o tipo de terreno e a temperatura ambiente.
É importante lembrar que a autonomia anunciada pelos fabricantes pode não ser totalmente precisa na prática, uma vez que pode ser afetada pelos diversos fatores informados acima.
Para garantir a melhor autonomia possível, é fundamental que o usuário siga as instruções do fabricante em relação à manutenção e aos cuidados com a bateria. Uma bateria bem cuidada pode garantir uma maior autonomia e vida útil para a moto elétrica.
Por fim, alguns modelos de moto elétrica possuem modos de condução que permitem ajustar a potência e a velocidade para maximizar a autonomia da bateria.
Como carregar motos elétricas?
Geralmente, motos elétricas vêm acompanhadas de um carregador e conector próprios, que podem ser conectados a qualquer tomada padrão 3 pinos.
Seu carregamento costuma ser muito simples. Basta desligá-la e conectá-la em uma tomada de tensão 110V ou 220V. A recarga pode levar até 6 horas.
Alguns fabricantes desenvolveram baterias que podem ser removidas, caso o usuário deseje carregá-las em outro local. Esse recurso é bastante útil para pessoas que moram em apartamentos e não têm tomadas disponíveis em suas garagens.
Embora não seja comum no Brasil, existem modelos de motos elétricas que podem carregar nas mesmas estações que carros elétricos, utilizando o plugue Tipo 2 do próprio equipamento.
Vantagens da moto elétrica
A moto elétrica é um veículo bastante versátil. Mesmo seu custo de aquisição sendo maior que o de uma moto convencional , o tipo elétrico tem diversas vantagens. Veja a seguir.
Silenciosa
A poluição sonora é um infortúnio tão grande que a própria OMS (Organização Mundial da Saúde) a considera um problema de saúde pública. Nesse sentido, uma moto elétrica é vantajosa, pois é mais silenciosa do que a tradicional, oferecendo um melhor conforto acústico para o piloto.
Dispensa a ida a um posto de gasolina
As motos elétricas podem ser carregadas em qualquer lugar, desde que tenha acesso a uma tomada elétrica de tensão específica – 110V ou 220V.
Menos impostos
As motos elétricas no Brasil podem ter desconto no IPVA em alguns estados, ou até mesmo isenção total! O motivo é que a administração tributária tem o objetivo de incentivar o uso de veículos que emitem menos poluição.
Mais economia
O motor elétrico exige menos manutenção do que o motor a gasolina, que necessita de determinada frequência de troca de óleo, filtros e velas de ignição, por exemplo. Por fim, o custo por recarga é menor do que o reabastecimento de um tanque de gasolina, uma vez que a energia elétrica é mais barata que o combustível.
Modelos variados
Ao contrário do que se pensa, no Brasil possuímos muitos modelos de motos elétricas, com designs cada vez mais sofisticados. Devido a popularização desses veículos, grandes fabricantes, como a própria Tesla, vêm se dedicando ao design e variedade das suas motos movidas a energia elétrica.
Fácil condução
Boa parte das motos elétricas não possuem marchas, ou seja, dispensam a preocupação do piloto com a mudança de velocidade, facilitando o percurso. Inclusive, pilotos de motos agradecem por não terem os sapatos prejudicados pela mudança da marcha.
As scooters, por exemplo, produzem torque (medida de força que faz com que um objeto gire ao redor de um eixo) instantâneo e não necessitam de engrenagem. Isso acontece porque elas não precisam ser mantidas em uma determinada faixa de RPM (Rotações por Minuto).
É necessário possuir CNH para pilotar uma moto elétrica?
Sim. Depois da atualização do Código de Trânsito Brasileiro, CTB, as motos elétricas no Brasil passaram a ser consideradas ciclomotores, o que torna obrigatória a CNH, Carteira Nacional de Habilitação.
Para dirigir em vias públicas, seja um carro ou moto, é preciso ter a Carteira Nacional de Habilitação de acordo com a categoria do veículo. No caso da moto elétrica, é necessário a Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) ou a carteira de categoria A (de motos).
Regras de trânsito para motos elétricas no Brasil
As regras de trânsito para motos elétricas no Brasil são basicamente as mesmas que para motos convencionais. No entanto, existem algumas particularidades que devem ser observadas pelos condutores de motos elétricas.
Em relação à documentação, as motos elétricas devem estar registradas e licenciadas no Detran, assim como qualquer outro veículo. Além disso, é obrigatório o uso de capacete pelo condutor e pelo passageiro, bem como a utilização de equipamentos de segurança, como luvas e botas.
Quanto às infrações, as multas aplicadas para motos elétricas são as mesmas que para motos convencionais. Ou seja, o condutor deve obedecer às leis de trânsito, como limite de velocidade, respeito às sinalizações e proibição de manobras perigosas.
No que se refere à circulação em vias exclusivas para ônibus, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) permite que as motos elétricas circulem nesses locais, desde que tenham a devida autorização do órgão de trânsito local.
Vale destacar que a falta de emissão de poluentes das motos elétricas é um ponto positivo em relação às motos convencionais, contribuindo para a redução da poluição do ar nas cidades.
Conclusão
As motos elétricas no Brasil representam uma alternativa promissora aos veículos movidos a combustão. Apesar de ainda serem uma novidade no mercado brasileiro, a tendência é que esses veículos se tornem cada vez mais populares, especialmente nas grandes cidades, onde a mobilidade urbana é um desafio constante.
Além disso, as motos elétricas têm um impacto ambiental menor do que as motos a gasolina, o que as torna uma opção mais sustentável para o transporte individual.
Para que esses veículos se popularizem ainda mais, é necessário que o governo e o setor privado trabalhem em conjunto para incentivar a produção em larga escala, o que pode resultar em preços mais acessíveis para os consumidores.
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